Coisas que eu (ainda) não entendo...

Tem coisas que eu não entendo desde criança, coisas que eu comecei a não entender porque cresci e ainda vão inventar coisas que eu não entenderei. E eu não consigo entender isso...
Eu não entendia as chiquititas, um monte de crianças orfãs, abandonadas; que viviam cantando, dançando e felizes? Feliz porque? Por ser orfã? Outra coisa é que como que umas crianças branquinhas, dos olhos claros, que são dotadas de talentos, ainda não foram adotadas?
Eu acho que essa história deveria se passar na Suíça e não no Brasil. Aqui as coisas só dão certo na TV.
Não conseguia entender algumas frases de carro, mas, uma em especial me incomoda mais: "Deus não escolhe capacitados, capacita os escolhidos." Mas que deus é esse que faz acepção de pessoas, só porque elas são melhores qualificadas. Será que ele só escolhe os vagabundos, ignorantes e os mau preparados? Se for assim o Lula é o maior enviado desse deus. O único problema é que esse deus desistiu de capacitar o Lula.
Entre tantos super-heróis um que se destaca - para mim - é o Hulk. É difícil entender como o cara não fica pelado mesmo ficando quatro vezes o seu tamanho. O que será que ele é? O garoto propaganda da Lycra?
Mas, tem algo que extremamente difícil de entender é o cemitério. Porque reservar um terreno enorme só para colocar os defuntos? Não era mais fácil toca fogo? Em cinzas eles ocupam menos espaço e com tanta gente sem lugar para morar e eles dão um lugar para os mortos. Que desperdício de terra, e de dinheiro. Até quando morre tem um jeito de arrumar dívida, tem que pagar pra enterrar, pagar pela lápide, pagar pelo caixão. Tem uns que pagar até para fazer um lugar mais bonito no cemitério, não sei pra que, os vizinhos não vão ficar com inveja mesmo.
A Dercy pagou para fazer uma pirâmide, se bem que era para lembrar da infância.
E essa coisa de morte mexe com as pessoas, eu vi um na TV que se dizia preparado, fez um túmulo com uma mini-tv (aquelas que você só vê perto de um velho), um ventilador, travesseiro, cobertor, uma lanterna e um celular. Deveriam avisar ele que quando morrer nada disso vai ter utilidade no céu. No inferno, talvez, usem a mini-tv para atormentar os infelizes com reprises do João Kleber.
E é claro que não compreendo, muito menos entendo, as mulheres. Falam sempre que homem é tudo igual, se é tudo igual, porque que ficam escolhendo então?