Eu terei que usar terno. Não porque eu quero, mas porque serei obrigado. Que nem o
Rubinho perder na Fórmula 1. O que não é bom, usar por obrigação, porque eu acabo me acostumando e não gostando.
Pelo menos, eu só vou usar uma vez e por necessidade, como deveria ser com o cartão corporativo. Como vou usar uma vez - espero - resolvi alugar, mas isso causa uma preocupação estranha em mim, porque vou ter que pagar para usar uma roupa que não será minha. Me sinto um modelo - não na questão de beleza corporal - só que ao contrário, eu posso comer o que quiser.
Fui procurar. Eu precisava de um terno preto, fácil como encontrar são
paulino 'alegre'. Uma gravata em tom roxo - e não, não vou me fantasiar de vampiro
hollywodiano - e foi fácil também. O único problema foi na hora de experimentar, porque a dona da loja me deu um terno menor, uma maldade. Se colocassem as roupas da
Madame Mim na Ana
Hickman, não seria tanta maldade assim.
Eu fiquei parecendo o Tropeço, ou pior, aquele cara da "Família
Buscapé". Até achei que junto viriam alguns acessórios, como: uma botina, uma enxada e uma palha pra colocar na boca.
Perguntei para a dona da loja, se não tinha nada errado, porque a única coisa que eu ia conseguir daquele jeito, era virar um sósia '
light' do
Nersô da
Capitinga. A tal senhora, me respondeu que iria arrumar o terno, o que me causou medo de que ela fosse costurar uns babados e bordar nas costas: "Baiano é a mãe!". Mas ela concluiu a frase: "É que esse aí, não é o que você vai alugar. Esse é só pra ver como é que fica." Como fica feio e
cômico.
Até agora eu acho que tinha alguma
câmera naquele provador e aquela senhora vai por no
youtube com o título: "O
jeca de terno".
Eu sai sem entender o que aconteceu e porque no comprovante estava escrito: "16
tátátá". Só tenho uma certeza - um tanto incerta - de que tenho que voltar buscar o terno. Espero, o certo.
Mas caso não tenha, quando voltar vou levar chapéu de palha e pronto.