Quando eu era menor - claro, em nenhuma época eu fui maior do que sou hoje - eu era muito ingênuo para algumas coisas. Por isso só me dava mau naquelas perguntas maliciosas, que só se ouve na escola.
Eu era tão ingênuo, que eu achava que "casa e swing" era onde todos os cantores de axé se reuniam. Só quando eu cresci que descobri que eles fazem outro tipo de sacanagem nesses lugares.
Mas acho que eu peguei isso do meu pai, que tinha mania de chegar em velório e perguntar: "E aí, tudo bem?" Ótimo, alguém querido e amado morreu, melhor impossível!
E velório é uma das coisas que eu não gosto e não entendo. Qual é a graça de reunir parentes e amigos de alguém que morreu, só pra que eles fiquem vendo o seu cadáver? Tem a mesma graça que fazer um ensaio sensual da Fernanda Montenegro. E sempre ouço essa: "O velório é para prestar uma homenagem a pessoa." Depois que ela morreu. De que adianta, é mesmo que dar um Playstation 2 pra quem não tem TV.
E velório também, é muito chato e entediante. Não tem muito o que fazer, o dono da festa morreu. Velório é tão chato quanto assistir aos filmes do Steven Seagal e tão entediante como ser narrador de corrida de tartaruga.
Por isso que quando eu morrer eu não quero velório. Prefiro que usem meu corpo em pesquisas, façam uma festa ou, sei lá, me usem como boneco ventríloquo. Dá até pra fazer um show assim "O Ventríloquo Macabro", mas acho que isso só daria certo em algum filme da série Jogos Mortais.
Por isso que eu acho que velório é mais uma das formas que inventaram para ganhar dinheiro com a desgraça dos outros, que nem a Globo, o SBT e a Record fazem...
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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