sexta-feira, 24 de setembro de 2010

23 de Setembro - Donna Beja Piracicaba

Apresentação boa (segundo quem assistiu, e considerei média - obviamente só falo da minha participação)

Chegamos na frente do bar e eu fiquei meio decepcionado, meio preocupado, porque o bar era muito aberto. Cheio de coisas pra tirar a atenção do público e eu como não sou nenhum Marco Luque, Fábio Porchat, preciso que a plateia já esteja prestando atenção em mim quando eu começar.

Duas microfonia foram o suficiente pra me desconcentrar muito,  o pior foi que só depois eu fiquei sabendo que as pessoas que assistiam não ouviram, minha piada do Corinthians falhou. Por que era ruim? Não, porque eu sou idiota o suficiente pra fazer a piada depois de 80% do bar levantar a mão e gritar quando eu perguntei quem era corintiano.

E o mais triste foi que a referência da cidade, não deu certo, indicação de um dos produtores do show.

Como tinha gente fora do bar que não dava pra eu ver, falei que policiais eram todos folgados. Depois da minha apresentação, assim que eu saí do palco vi um cara grande e com cara de mal por a mão no meu ombro e falar: "Não gostei do que você falou de policiais, eu sou policial e lá fora tem uma mesa cheia de amigos meus policiais, depois vá lá conversar com a gente." E ele falou muito sério, eu só não me caguei porque o amigo Zé Neves fez o favor de fazer o cara dar uma risadinha falando que era brincadeira.

E depois disso o mais bizarro, surgiu um cara do nada e ofereceu $20 pra que algum dos comediantes falassem de um deputado da cidade. Eu segurei muito pra não rir do cara e pensei em falar: "$20?! $50 até que eu pensava..." Obviamente ninguém aceitou.

Depois da apresentação o garçon me entregou um guardanapo escrito: "Espaço Cultural... I S2" (Segundo a esposa/namorada/noiva do dono do bar Espaço Cultural é uma balada alternativa de Piracicaba) Ninguém se manifestou depois, estou em dúvida até agora se não foi um xaveco meio tímido do garçon ou se o próprio errou de humorista e o remetente ficou envergonhado. Fica a dúvida!

Fora as pequenas coisas, foi muito bom apresentar junto com Carlão Dias, Joel Nikiny e Zé Neves!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

14 de Setembro - Água Doce Piracicaba

Apresentação boa!

Meu pai me levou até Piracicaba, porque ele queria saber onde ficava e aprender o caminho. Aprendemos que é longe de Sorocaba.

E fiquei na casa do outro cara que iria se apresentar também, o pai dele me levou pro bar da apresentação, no caminho me contou uma história que me deu vontade de morrer, e me apresentou a um artista viajante baiano, que nunca viu uma apresentação de stand up, mas falou que conhecia alguns humoristas cearenses e uma vez ele viu um na Paraíba que ele achou MUITO ENGRAÇADO, no momento em que ele falou isso eu tive a plena certeza que ele não ia rir de nada do que eu falasse, não sei porque.

E ele ainda me contou uma anedota que ele mesmo criou e compartilharei com vocês, anedota que aliás tem título: "Pó de matar pulga, ou isso" e que segundo ele é famosa no nordeste, segue:

"Uma cidade estava infestada de pulgas, então um cara teve a ideia de criar algo pra exterminar as pulgas e ele colocou farinha de trigo dentro de vários frascos e começou a vender pela cidade como 'Pó de matar pulga, ou isso' e vendeu bastante, as pulgas começaram a morrer, o cara começou a ganhar dinheiro, até que um cliente indignado foi reclamar: 'Como que você vende isso como exterminador de pulgas se não presta? Não resolveu nada na minha casa, em vez de sumir, aumentou o número de pulgas.' O vendedor respondeu: 'Mas você estava usando do jeito certo? Você leu a bula?' O cliente: 'Não li, eu só joguei pela casa e não resolveu nada!' Vendedor: "Então é isso! Você fez errado, o jeito certo é você pegar a pulga e por o pó dentro da boca dela!' Cliente: 'Mas se for pra pegar a pulga pra por o pó dentro da boca dela, mato eu mesmo com os dedos!' E o vendedor: 'Ou isso!'"

É mais engraçada contada.

Sobre a apresentação, a plateia estava bem animada e aceitando bem as piadas, mas o ponto alto foi - antes vou só explicar, o bar não era fechado, dava pra ver a rua de onde ocorria a apresentação e tinha lonas especifica pra fechar pra rua como cortinas, mas não estavam fechadas - quando eu reparei, durante o começo de uma piada, que um casal vinha de fora do bar observando minha apresentação, e até dando um sorriso, e quando eu estava pra sair de uma piada ir pra outra, a mulher parou e cruzou os braços e começou a assistir e aquilo foi a deixa pra que eu falasse: "...Opa, você pagou pra assistir? Não?! E vai ficar aí assistindo de graça? Que bonito, hein? Eu não vou ficar aqui trabalhando de graça pra você, porque ia ficar chato com o pessoal que está aqui dentro. Vou esperar você ir embora!" A mulher ficou muito sem graça, deu dó dela saindo e indo pro carro. Deve ter me xingado, mas eu não ouvi porque estava rindo dela!

Apresentação foi boa, a piada nova funcionou e foi muito legal apresentar com João Valio, Andrea Barretto e Gustavo Boleiro

domingo, 12 de setembro de 2010

11 de Setembro - Teatro Municipal de Sorocaba

Apresentação muito boa!

Cheguei de teatro de ônibus, que eu não sabia qual era e não sabia que dava uma volta pela Terra Média. E quando entrei só tinha a organizadora do show, o filho dela e mais uma menina, que não me conheciam e nem eu conhecia eles, extrovertido como sou cumprimentei, me sentei no sofá ao lado do deles e fiquei quieto.

Silêncio constrangedor. Vamos pra parte da apresentação.

A plateia estava muito feliz, empolgada, tanto que um dos humorista - não lembro qual, mal - comentou que o público iria sair com a mão em carne viva de tanto que aplaudiam. Um cara se manifestou duas vezes durante a minha apresentação e só pude aproveitar uma, quando só ele aplaudiu uma piada que tinha namorada e videogame, e eu: "...só ele aplaudiu, deve estar decepcionado com o namoro: 'Pensei que ela vinha com dois controles...'" Não foi a melhor resposta do mundo, mas foi o que eu consegui pensar pra não perder a segunda chance.

Eu esqueci uma piada que eu queria muito fazer e eu só percebi 3 horas depois quando a vó de um amigo meu estava falando sobre o que eu ia falar, me deu uma dor e um vazio lembrar que eu esqueci.
A única coisa estranha da minha apresentação foi a hora que eu mudei de assunto sem avisar com uma piada de humor negro, deu pra sentir um "noossssa" da plateia que quase me desconcentrou.

Depois da apresentação eu sai do teatro pra ficar na porta ver se meu primo e uma amiga minha tinham ido me ver, e todos os casais que passavam, o cara cortava a frente da namorada/esposa/mina pra me cumprimentar, eu achei que eu estivesse fazer uma cara de Zé Mayer. A primeira que veio me elogiar foi uma mulher, meia idade, muito empolgada falando: "Adorei você! Adorei! Mesmo, gostei muito..." Achei que ela fosse acender uma vela pra mim e começar a fazer rezas.

Enfim, fiquei muito feliz, apresentar junto com Carlão Dias, Mauricio Meirelles e Marcos Castro foi muito bom!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Recomeço!

Faz um pouco mais de um ano que não escrevo aqui, porque os textos que eu escrevi aqui quando comecei deram certo no palco e estou conseguindo me firmar como humorista de stand up.

E quando se começa fazer apresentações como open mic/canja/convidado, você não escolhe onde apresentar, escolhem por você. Onde me chamam eu faço. E coisas acontecem em teatros, bares, eventos; então resolvi começar a contar o que acontece comigo nas minhas apresentações - sendo engraçado ou não - porque já deixei de contar muita coisa.

Como o cara que ficou me mostrando o dedo do meio durante toda a minha piada do Corinthians, do cara que falou que de um apresentação pra outra eu melhorei 100%, a dona do bar que mandou eu cortar meu texto pela metade porque ela não estava gostando do falei, do outro cara que falou que gostava muito de umas piadas que eu fazia mas não era do meu texto que ele estava falando, a produtora que mandou eu passar minha camiseta antes de apresentar e uma menina que falou que me "desviginava fácil"!

E como hoje é a minha maior apresentação até agora, vou começar a partir dessa. Pra não ficar essa chatice, um poeminha de um amigo:

"Entre risos e aplausos
Se define um comediante
errado os que dizem isso,
Pois é mais que amigo
confiável e contagiante.

Ingênuo, porém forte
que luta por sonhos,
destrói barreiras
e não depende da sorte

Apenas ousadia
capacidade e alegria
que o faz um comediante
batalhador e extravagante.

Palhaço, bobo,
feliz, louco,
não cabe definições
pois tudo que digo é pouco.

Desculpa esse poema
que é meio gay declarar amizade
mas não estou nem aí para o que acham
porque faço o que me dá vontade
foi mal se não ficou legal
estou com sono e se reclamar
venha comer meu donut's
pois estou com sono e não com fome!"

OBS: Quem pensou maldade no final do poema, deveria se envergonhar.